21.1.09

sinal de força (?)

"Dizê-lo.
É o melhor antibiótico para qualquer doença sentimental. Dizer, seja o que for, desde que sentido é a vacina contra a decomposição do ser e sentir. Dizer o que nos "vai cá dentro" é a única maneira de nos protegermos do vírus do jogo, evitar a morte sensorial e dormir com a sensação de que estamos limpos, que tomamos um banho de sinceridade. Traz imunidade a ressentimentos, rancores e mal entendidos. Abrir o coração e arejá-lo é a única maneira de sermos saudáveis. Dizer seja o que for; que odiamos, que gostamos, que estamos feridos, que queremos penetrar a alma do outro, que queremos que morra, que metem nojo, seja o que for, é sinal de força. De se assumir perante o outro tal como somos. Tal como sentimos. Sem medo do que o outro tem na manga. Com coragem. E depois, dizer em voz alta o que nos vai cá dentro é ver-nos com outros olhos e muda tudo. Quase tudo."

Dizer é ter vontade de lutar. É enfrentar, ou acima de tudo resistir. Acho eu.

Copiei daqui, parece-me que faz parte do "Elogio da sinceridade" de Montesquieu (que me podem oferecer porque ia adorar ler). Se não faz parte foi inspirado nele, não percebi bem, mas gostei.

Toca a comunicar. Sim?

2 comments:

Anonymous said...

Boa noite, Margarida:)

O texto foi escrito e pensado por mim [parece que o Montesquieu tinha uma maneira de pensar igual - ou eu a ele, não sei]

Ter assumido o plágio foi private joke :)

Margarida said...

Obrigada pelo esclarecimento Margarida! Realmente fiquei na dúvida sobre a autoria do texto.

acho que vou aproveitar para ler Montesquieu, a perder não fico, se a qualidade dele for tão boa como a sua...

:)