29.4.08

Eu atraio dramas. Ou então andava de olhos fechados.

À porta da minha clinica. Miuda sozinha, para baixo e para cima (não mais que 8/9 anos de idade - e eu sou boa nestas avaliações) no passeio, e eu a tentar ver quem é que a acompanhava. Afinal ela estava mesmo sozinha e de vestido e sandálias (hoje estava frio e a chover). Ora, margarida ainda não pensou e ja está lá fora. Mais de perto pude ver que afinal eu conhecia a miúda. Ela costuma andar por ali, enquanto entra e não entra num gabinete de psicologia, na minha rua, sempre sozinha. Daí, que a convidei para entrar (o gabinete estava fechado e era por isso que passava o tempo para cima e para baixo). Nem precisei de repetir, a miuda ja estava sentadinha na sala de espera e de revista cor de rosa na mão. Para o tempo se passar meti conversa com ela, e a minha segunda frase foi logo em tom moralista que não estava agasalhada para um dia frio como o de hoje.



- A minha avó diz que tenho de vir bem arranjada para estas consultas, porque estes doutores escrevem folhas para o tribunal e posso voltar para o lar.



(agarrei no queixo e só tive tempo de me despedir dela, porque - felizmente - chegou alguem para lhe abrir a porta)

No comments: